O sucesso de um bom monólogo está no casamento entre um bom texto, uma boa atriz e uma equipe harmoniosa.
Em Como Ser Uma Pessoa Pior o que vemos é um show desses
três fatores, fazendo com que esqueçamos Lulu e teatro, e sutilmente
nos sentemos na sala de estar dessa mulher de sentimentos tão comuns.
Em meio a uma crise existencial e amorosa, a personagem, que
opta pelo isolamento, penetra tão profundamente em seus próprios anseios e
sentimentos, que curiosamente nos leva ao riso.
A reflexão e atuo-identificação é inevitável, é o tipo de texto que faz uso do exagero para aproximar a plateia daquilo que não tem nada de irreal.
A reflexão e atuo-identificação é inevitável, é o tipo de texto que faz uso do exagero para aproximar a plateia daquilo que não tem nada de irreal.
Em meio a essa maluca decisão de tornar-se alguém pior, o
humor negro acaba sendo a grande sacada da peça. Fazer rir do que normalmente nos faz chorar, faz da
arte essa arma transformadora, não importa a situação que se esteja vivendo,
ela não é mais forte do que olhar que dedicamos a ela.
Foto Burgos Rafael
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