
Uma propaganda que circula em alguns veículos fala sobre Charlie Chaplin e ressalta que, enquanto momentos terríveis marcavam a história da humanidade, ele nos fazia rir. Essa frase me faz pensar que o riso, existe dentro de nós como uma espécie de dispositivo manual, somos capazes de buscá-lo independente da amargura que envolva todo nosso ser.
Ainda refletindo sobre o riso, me pego olhando a todos
aqueles que chamam a comédia de “um gênero menor”. Me pergunto se o teatro não
deve ser reflexo de seu público e o papel da comédia seja grandiosíssimo,
quando nos leva a rir de nós mesmos.
Acredito que duas coisas nos levem ao riso. A surpresa e a
identificação. Rimos do inesperado e rimos daquilo que fala de nós, com um
pouco menos de intensidade e pretensão, ela nos leva a uma autorreflexão.
Atreva-se é uma comédia moderna, que te faz rir do início ao
fim. Ora envolvido nas sacadas e o jeito descontraído de Mariana Santos, que é
praticamente a condutora da história, ora pelas caras e bocas do elenco em
cena.
Espero como expectadora apaixonada, que o teatro seja sempre
essa arte aberta, que tem espaço para tudo e todos. Que nos emocione, nos
informe, e nos divirta, afinal de contas, se a arte imita a vida, é assim que
precisamos viver.
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